Redes Subterrâneas

Redes subterrâneas em instalações prediais

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Redes subterrâneas em instalações prediais

As redes subterrâneas, chamadas na normalização de instalações elétricas de linhas enterradas, são redes que estão localizadas abaixo do nível do solo. Estas redes tem um apelo estético muito grande que não pode ser desprezado, já que podem trazer uma valorização comercial ao empreendimento. Esse tipo de rede também apresenta vantagens técnicas importantes, aumentando os níveis de segurança e a confiabilidade.

Em uma grande área com edificações, o uso de redes aéreas, principalmente em cabos nus, oferece perigo ao público, podendo causar acidente por meio de contatos acidentais com os materiais ou por queda da rede. Um empreendimento residencial e comercial é ocupado por pessoas comuns, isto é, sem conhecimento técnico na área de instalações elétricas, e neste caso as normas de instalações elétricas determinam que a garantia de segurança seja feita pela escolha de materiais adequados. No caso de pessoas autorizadas (qualificadas ou advertidas), a segurança pode ser garantida por procedimentos e equipamentos determinados para esse tipo de trabalho.

Outro problema das redes aéreas é a qualidade da energia: desligamentos de energia, por contatos acidentais com árvores, sobretensões provocadas por descargas atmosféricas (na rede ou nas proximidades dela), entre outros. A rede subterrânea garante uma qualidade de energia muito superior, por estar imune a estas condições citadas.

Embora apresentem desvantagens, as redes aéreas ainda são usadas e a razão principal é o baixo custo de implantação. Mas quando se considera sua influência nos gastos de infraestrutura ou os custos totais do empreendimento, a elevação do valor de implantação não provoca um aumento significativo no total. Nestes casos a viabilidade de redes subterrâneas é uma situação real e uma opção cada vez mais atraente.

Requisitos gerais

Uma linha elétrica é um conjunto constituído por um ou mais condutores, com os elementos de sua fixação e suporte e, se for o caso, de proteção mecânica, destinado a transportar energia elétrica ou a transmitir sinais elétricos. Neste caso os componentes da linha são cabos eletrodutos e proteção mecânica. A NBR 5410 apresenta prescrições para as linhas de baixa tensão e a NBR 14039 para as linhas de média tensão.

As linhas elétricas enterradas, tanto de baixa tensão como de média tensão, são divididas em dois grupos: as com os cabos diretamente enterrados e as com os cabos contidos em eletrodutos enterrados. No Brasil o mais comum são as linhas com eletrodutos, mas é preciso ressaltar que os cabos unipolares e multipolares são adequados para serem enterrados diretamente. Esta maneira de instalar está prevista nas normas brasileiras, em todas as edições, com a condição de que os cabos sejam providos de uma proteção mecânica adicional. Esta proteção pode ser, por exemplo, uma pequena camada de concreto, placas de concreto ou telas metálicas colocadas dentro da vala onde são instalados os cabos elétricos, entre eles e o solo. No caso da linha enterrada com o uso de eletrodutos esta proteção não é necessária, podendo o projetista, a seu critério, definir a sua aplicação. Muitas vezes o eletroduto é envelopado em concreto ou colocado uma camada de concreto magro, perto da superfície do solo.

As linhas enterradas, tanto as linhas de potência quanto as de sinais (telefonia, rede de fibra ótica, cabos de TV e internet) apresentam uma vantagem de reduzir a poluição visual. Pode-se substituir os cabos por árvores e tornar o ambiente muito mais agradável, o que sem sombra de dúvida valoriza o empreendimento. Mas este “enterrar” das linhas elétricas não pode ser como jogar a sujeira em baixo do tapete. Não se pode simplesmente sumir com as redes aéreas sem a preocupação de se saber onde elas estão enterradas com precisão; isto implica num cuidado maior com a documentação como construído (as built) e na sinalização destas redes.

Em qualquer situação, as redes subterrâneas devem ser sinalizadas com a colocação de um elemento de advertência ao longo de toda a sua extensão. Esta sinalização deve ser instalada a, no mínimo, 10 cm acima da linha. Frequentemente é colocado no solo uma indicação semelhante a das redes de gás de cozinha, mostrando por onde passa a instalação.

Requisitos para redes de baixa tensão

Nos dois grupos de redes subterrâneas, com o cabo instalado em eletrodutos ou enterrado diretamente, só são admitidos o uso de cabos unipolares ou multipolares, ou seja, cabos providos de capa (conhecidos popularmente como cabos de 1kV, devido a sua tensão de isolação). A NBR 5410 apresenta uma exceção a esta regra na nota do item 6.2.11.6.1, admitindo o uso de condutores isolados (cabos sem capa, somente com isolação) em eletroduto enterrado se neste trecho não tiver nenhuma caixa de passagem e/ou derivação enterrada e for garantida a estanqueidade do eletroduto. Esta exceção tem a sua maior aplicação no cabo que liga o padrão de entrada do concessionário de energia com o quadro de distribuição de uma residência e os cabos da instalação no interior da edificação.

As linhas elétricas devem ser instaladas a uma profundidade mínima de 70 cm da superfície do solo. Essa profundidade deve ser aumentada para 1 m na travessia de vias acessíveis a veículos, incluindo uma faixa adicional de 0,50 m de largura de um lado e de outro dessas vias. Esta prescrição da NBR 5410 tem a finalidade de proteger a linha contra os efeitos de movimentação de terra. Essas profundidades podem ser reduzidas em terreno rochoso ou quando os cabos estiverem protegidos, por exemplo, por eletrodutos que suportem sem danos as influências externas presentes.

 Requisitos para redes de média tensão

A norma de MT também estabelece que, como prevenção contra os efeitos de movimentação de terra para proteção mecânica dos cabos, eles devem estar a profundidade de no mínimo 90 cm da superfície do solo. Essa profundidade deve ser aumentada para 1,20 m na travessia de vias acessíveis a veículos e numa zona de 0,50 m de largura, de um lado e de outro dessas vias. Semelhante as redes de BT, essas profundidades podem ser reduzidas em terreno rochoso ou quando os cabos estiverem protegidos, por exemplo, por eletrodutos que suportem sem danos as influências externas a que possam ser submetidos. Um aspecto importante a se considerar é que a profundidade do cabo não tem nenhuma relação com a proteção contra choques; a proteção contra choques é garantida pela isolação do cabo.

Nos locais onde pode haver a submersão dos cabos, independentemente do tipo de cabo, é obrigatório o emprego de condutores com construção bloqueada.

Compartilhamento do solo

A rede subterrânea compartilha o solo com as demais infraestruturas, tais como, água, esgoto, gás, telecomunicação entre outras. Este compartilhamento, que é inevitável, deve ser feito de tal forma que a interferência entre elas seja em um nível aceitável, para a segurança das pessoas e o desempenho da utilidade. Para isto as normas de instalações elétricas especificam distâncias mínimas que devem ser respeitadas entre as diversas linhas.

O projeto e planejamento destas linhas são fundamentais para o sucesso deste compartilhamento. A definição de uma região no solo onde estão localizadas todas as linhas e dentro desta região uma sub-região onde cada tipo de infraestrutura está localizado é uma solução muito boa para garantir o atendimento aos requisitos. Nesta definição duas condições devem ser pensadas, quando as linhas estão paralelas e quando elas se cruzam.

As redes subterrâneas que são pouco usuais nas instalações de distribuição pública de eletricidade e telecomunicação no Brasil, mas muito usual na distribuição pública de água, gás e esgoto, por razões de custo devem permanecer assim por mais um tempo. Mas o cenário começa a mudar no caso das instalações internas dos empreendimentos comercial e residenciais, e isto deve avançar muito ao longo dos próximos anos. A viabilidade de redes subterrâneas nos condomínios horizontais é real. A valorização do empreendimento e a maior exigência dos consumidores estão acelerando o uso desta solução, que muitas vezes não é decidida somente baseada em critérios técnicos.

Fonte: João Cunha

Diversos

O que é Anotação de Responsabilidade Técnica

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Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) é um instrumento estabelecido através da Lei nº 6.496/77, responsável por ditar que todos os contratos referentes à execução de serviços ou obras de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia deverão ser objeto de anotação no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). Ou seja, todo contrato referente à execução de obras ou prestação de serviços relativos às profissões vinculadas ao Sistema Confea/Crea, assim como todo vínculo de profissional com pessoa jurídica para o desempenho de cargo ou função relacionada precisa registrar a ART.
No caso dos engenheiros eletricistas a situação é idêntica. A Anotação de Responsabilidade Técnica em Engenharia Elétrica tem duas principais funções, assim como nas outras profissões atreladas ao Crea:
Defesa da sociedade
Uma vez que a ART é um artifício por onde é possível identificar a responsabilidade técnica pelas obras ou serviços prestados por profissionais ou empresas. O documento assegura ao contratante que essas atividades técnicas são realizadas por um profissional habilitado.
Valorização do profissional
A ART dá legitimidade ao engenheiro ou empresa contratada e assegura a autoria, a responsabilidade e a participação técnica em cada obra ou serviço a ser realizado. Ao registrar a anotação, os direitos de autoria de um plano ou projeto de Engenharia são do profissional que os elaborar.
O sistema Confea/Crea
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) é a instância superior da fiscalização do exercício profissional das áreas de Engenharia e Agronomia. Criada em 1966, a entidade tem como uma das principais funções examinar e decidir em última instância os assuntos relativos ao exercício das profissões de Engenharia e Agronomia, podendo anular qualquer ato que não estiver de acordo com a legislação vigente.
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), presente em cada estado e no Distrito Federal, é responsável pela fiscalização do exercício das profissões das categorias na área sob sua jurisdição. Por isso, entre as principais funções dos Conselhos Regionais está: cumprir e fazer cumprir a presente legislação, as resoluções baixadas pelo Conselho Federal, bem como expedir atos que para isso julguem necessários.
Além disso, cabe ao Conselho de Engenharia de cada região organizar, disciplinar e manter atualizado o registro dos profissionais e pessoas jurídicas que se inscrevam para exercer atividades voltadas à engenharia ou agronomia. A Lei nº 5.194 de 1966, responsável pela criação do Crea e Confea, prevê a atuação dos conselhos regionais com a colaboração das sociedades de classe e das escolas ou faculdades de Engenharia e Agronomia, nos assuntos relacionados a seu funcionamento.
Energia Solar Iluminação

Fatores que fazem do poste solar uma opção cada vez mais aplicada

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Fontes alternativas de geração de eletricidade, como as provenientes de energias naturais e renováveis, são sempre bem-vindas, especialmente quando se trata de projetos de construção sustentável. Conforme geralmente demonstramos aqui no site, hoje o que não faltam são opções inovadoras e eficazes para quem busca mais sustentabilidade, economia e eficiência energética. O poste solar é mais uma delas e se destaca no mercado como tendência a projetos de diferentes tipos e portes, sejam eles públicos ou privados, rurais ou urbanos.

Aliás, em construções de caráter social, os postes solares já são usados e reconhecidos há alguns anos como um dos caminhos mais viáveis à iluminação pública. A escolha se dá não só por seu interessante custo/benefício, o que inclui, além de economia financeira, pouquíssimas demandas com manutenção. Certas regiões remotas do Brasil, por exemplo, já fazem uso do poste solar – também chamado de poste fotovoltaico –, sobretudo aquelas que ainda não têm acesso ao Sistema Interligado Nacional (SIN) de energia.

Materialmente, postes de iluminação solar são similares a postes comuns. A diferença está em seu funcionamento, que ocorre de forma autônoma e é alimentado pela energia fornecida pelo sol e instalada no próprio poste.

Além de placas solares fotovoltaicas (ou módulo fotovoltaico) e bateria, o poste de energia solar também é composto por um controlador de carga – quem acende a luminária – e lâmpadas de LED, itens que tornam o equipamento ainda mais sustentável. Individual, ou seja, sem a necessidade de dispositivos elétricos, cabos, valetas ou máquinas especiais para fixação no terreno, a instalação do poste solar é mais rápida e barata quando comparada à de postes convencionais; claro, desde que realizada por empresas e/ou profissionais habilitados.

Fonte: Tem Sustentável